Educação Empreendedora

Iniciamos o Programa de Educação Empreendedora para Adolescentes e Jovens na nossa rede de parceiros em Joinville (SC). A primeira etapa (“Eu posso fazer melhor!”) começou a ser ministrado nos bairros Jardim Paraíso (Projeto Missão Criança), Morro do Meio (Missão Morro do Meio) e Paranaguamirim (Projeto Ecos na Comunidade).

A iniciativa acontece em caráter piloto e o parceiro estratégico para o desenvolvimento da proposta é o Instituto Gênesis 1.28.

“Os adolescentes são sementes que precisam ser regadas com autoestima e empoderamento familiar, social, educacional, empreendedor, ambiental e espiritual, este conjunto é a base da verdadeira cidadania. A unidade de pensamento das instituições que os assistem, é fundamental para a construção do mundo que queremos, começando no local que vivemos.” afirma Valter Ravara coordenador do Programa Ideia.

Acompanhe algumas fotos.

Capacitação Bolsa Verde

Nos dias 4 a 8 de julho, em Joinville – SC, 11 educadores que fazem parte de Projetos apoiados pela Missão Aliança, participaram da capacitação oferecida pelo Projeto Calçada para utilização da metodologia “Imagine Quem Sou Eu” (aconselhamento com a Bolsa Verde). O objetivo é oferecer uma escuta individualizada, qualificada, momento em que crianças, adolescentes, jovens e familiares que participam dos Projetos, expõem suas aflições e esperanças, facilitando receberem ajuda de forma bem específica.

A parceria entre a Missão Aliança e Projeto Calçada já tem dado bons frutos.

Assista ao vídeo:

Uma ponte Brasil África

Uma ponte Brasil África

Bebeto Araújo, representante ministerial da Missão Aliança no Brasil, foi convidado pela Igreja Evangélica de Angola (IEA) para uma visita ao país africano. A viagem a Angola foi resposta a um convite feito pelo Reverendo Estanislau Barros, Secretário Geral da Igreja Evangélica de Angola (IEA). A “ponte” entre a IEA e a Missão Aliança foi realizada pelo Dr. Diedone Panzo, da World Mission Prayer League, que atuou no Equador em parceria com “Paz y Esperanza” e havia visitado o Brasil com o Sr. René Morales (Misión Alianza Ecuador) para participar do Encontro Nacional da RENAS em 2014, na cidade de Curitiba.

Em 6 dias de atividades, Bebeto pode conhecer a dura realidade local. O país está enfrentando uma grave crise por ter a sua economia completamente dependente do petróleo. A corrupção e privilégios sem fim dos que governam a nação com “mão de ferro” também configuram grandes desafios sociais. “Pude ministrar a Palavra de Deus, encorajando os irmãos e irmãs a assumirem uma postura proativa e empreendedora frente aos inúmeros desafios enfrentados em suas comunidades. Um desafio para agir como Jesus agiu, vendo as necessidades que feriam o coração de Deus, sentindo compaixão e fazendo algo para mudar a situação”, comenta o representante ministerial.

A agenda incluiu além de palestras e encontros com líderes eclesiásticos, professores, estudantes e autoridades locais, visitas a comunidades na periferia de Luanda e também nas províncias do Bengo e Zaire. Bebeto pôde apresentar o trabalho da Missão Aliança, falar sobre a Diaconia bíblica e o papel do cristão como agente de transformação social.

A atual liderança nacional da Igreja Evangélica de Angola tem apontado para a área de formação de liderança local como seu principal desafio. A Missão Aliança recebeu um grande apelo por parte de diversos dirigentes e supervisores regionais para que fossem pensadas formas de cooperar com a capacitação de líderes em várias áreas.

“Os desafios são enormes, mas acredito que a Missão Aliança no Brasil pode servir a Igreja Angolana. Os líderes de juventude com quem conversei expressaram um forte desejo de serem treinados para fazer diferença em seu país. Esse público tem um grande potencial – cerca de 70% dos angolanos tem menos de 25 anos de idade”, conclui Bebeto Araújo.

Como ponto de partida foram distribuídos alguns exemplares do livro “Igreja: agente de transformação” para pessoas chaves da liderança nacional. As despesas com passagem aérea, hospedagem e alimentação em Angola foram pagas pela IEA.

Mudanças em projetos de Joinville

Mudanças em projetos de Joinville

Mudanças em projetos de Joinville

Projeto Missão Criança aumenta atendimento às crianças

O Projeto Missão Criança Jardim Paraíso, em Joinville, Santa Catarina, dobrou a carga horária de atendimento às crianças desde o ano passado. Este ano, a iniciativa conta com mais uma professora para trabalhar com o apoio pedagógico e com aulas de esporte em período integral – em 2015 os esportes eram oferecidos somente em meio período. No total, o projeto atende 160 crianças de seis a 17 anos nas aulas de esporte e 57 crianças de seis a 11 anos no apoio pedagógico.

De acordo com a coordenadora do Projeto Missão Criança, Eunice Butzke Deckmann, as turmas vêm ao projeto espontaneamente, através de indicações das escolas do bairro e também são identificadas pelas visitas feitas pelo próprio Missão Criança. Cada aluno participa das atividades no contra turno escolar e pode escolher quais serão os esportes praticados. Hoje o projeto oferece aulas de vôlei, basquete e futsal, mas as opções mudam conforme a necessidade e interesse das crianças.

Projetos em Joinville passam a fazer parte de Instituto

Os projetos Missão Criança Jardim Paraíso e Missão Morro do Meio, em Joinville, Santa Catarina, passaram a fazer parte do Instituto Luterano de Obras Sociais (Iluos). O Instituto vai fazer a administração dos dois projetos, possibilitando assim a captação de recursos financeiros e convênios em esferas governamentais e no meio empresarial.

No Brasil, a legislação não permite a captação de recursos por instituições religiosas, o que dificulta a manutenção do serviço diaconal nos projetos. A partir da criação do Iluos será possível viabilizar as iniciativas através de um novo estatuto voltado para área social que permita a participação em editais públicos, a assinatura de convênios com instituições governamentais e adequação  às leis que regem os trabalhos no terceiro setor.

Para a coordenadora do projeto Missão Criança Jardim Paraíso, Eunice Butzke Deckmann, o Iluos vem para dar mais visibilidade e fortalecer os projetos. Já para Nilson Werich, coordenador o Projeto Missão Morro do Meio, o instituto vai permitir a aproximação dos projetos diaconais  apoiados pela Missão Aliança em Joinville. “Tenho a convicção de que os trabalhos realizados nos dois projetos têm grande relevância na sociedade, além de transformar várias vidas ao longo dos anos. Agora temos a possibilidade de melhorar ainda com a constituição do Iluos”.

Matéria prima para alfabetização

Matéria prima para alfabetização

Para entender o Jardim Gramacho você precisa estar com uma fina sandália de borracha nos pés. Ao entrar no barraco de madeira, será preciso atravessar tábuas improvisadas que servem de piso sobre o esgoto e a lama. Dentro do cubículo de tijolos aparentes, entram pequenas faixas de luz pela única porta do imóvel. Todos os seus itens são: geladeira, fogão, pia, cama e um pequeno armário. Não tem mesa para comer ou para estudar, quartos ou banheiro. Até o momento, você divide a cama com sua mãe ou com os irmãos. Esse é o retrato da vida de mais de 60 crianças atendidas pelo projeto diaconal Casa Semente, no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

A iniciativa se instalou em Jardim Gramacho logo após a desativação de um lixão que permaneceu por 35 anos no bairro. As famílias, em sua maior parte, formada por ex-catadores buscam novos empregos ou subempregos e as crianças após o horário escolar ficam nas ruas. O contexto geral é desafiador: alta taxa de mortalidade infantil, o maior índice do Brasil de adolescentes grávidas e, segundo o último Censo da Educação Básica do município, 70% dos alunos do 3° ano do ensino fundamental não sabem sequer ler um texto.

A fim de enfrentar o enorme déficit educacional no bairro, a equipe da Casa Semente investe na alfabetização básica.  Segundo a pedagoga da Casa, Fernanda Félix, o maior desafio é motivar, aguçar e despertar o interesse do aluno, que já vem marcado negativamente após muitas tentativas frustradas nas escolas públicas do bairro. Para isso, diversos voluntários se empenham na linha construtivista e sócio-interacionista da pedagogia. “Esse processo de ensino-aprendizagem lúdico, aliado a alimentação balanceada, apoio da família e afeto, é o que têm motivado o aprendizado. Perceber o quanto esses alunos têm se apropriado do universo da leitura e da escrita é notório para a escola que frequentam, familiares e voluntários”, comenta a pedagoga.